AS PESSOAS NÃO DEBATEM CONTEÚDOS, APENAS RÓTULOS. QUERO A ESSÊNCIA. A MINHA ALMA TEM PRESSA...

Deus nos salvou e nos comissionou para trafegarmos no celestial, bem acima dos problemas e tribulações.

Pr. José Gildo

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

(I) MATURIDADE EMOCIONAL (Parte II)

“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Romanos 14.5)
Listamos abaixo alguns sintomas que levarão o leitor a ter uma sinalização bastante nítida se ele possui maturidade emocional ou não. Espero que o Espírito Santo jogue luz no coração de cada pessoa e que possamos ter uma opinião bem definida na nossa mente.

SINTOMAS DE MATURIDADE EMOCIONAL
1. Aceita sugestões e conselhos quando não sente firmeza no que vai fazer- O maduro emocional sabe que ninguém sabe todas as coisas. É preciso dividir o conhecimento para multiplicar a sabedoria;
2. Sabe exercer domínio próprio quando sob tensão- Tensão é muitas vezes o artifício que Deus usa para exercitar nossa longanimidade. O maduro sabe conviver com isso;
3. O maduro Fala e age com segurança e encontra ressonância para suas palavras- O maduro encontra pessoas para ouvi-lo. Discurso sem conteúdo não atrai ouvintes. As palavras de um orador sem convicção não prende as pessoas, mesmo que tenha traje espiritual;
4. Sabe planejar e executar trabalho de valor por iniciativa própria- O maduro emocional deixa marcas. Não existe sucesso em qualquer empreitada sem iniciativa;
5. Tem a confiança e o respeito dos superiores e/ou subordinados- Confiança e respeito não se impõe, se conquista. Jesus era mestre nisso. Ele não precisava ser mirabolante para impactar. Os seus gestos inesperados de amor conquistavam as pessoas;
6. Tem senso de humor- Pessoas mau ou mal humoradas? Mau com U é uma qualidade contrária ao bem humorado. É um estado provisório de irritação com alguma situação contrária do dia a dia. Mal com L é uma característica de doença, impregnada no caráter. Portanto, mau humor é um dos sintomas do mal humor. Pessoas mal humoradas, mal encaradas, que não gostam de brincadeira são mal amadas e carregam frustração dentro da alma que as tornam infelizes.
7. O maduro emocional admite, sem constrangimento, quando está errado- Isso só engrandece as pessoas. Quem “nunca está errado” carrega o fardo da indestrutibilidade. Quando a máscara cair e mostrar a fragilidade que sempre existiu, os amigos terão ido embora e só restarão os inimigos para tripudiar em cima dos despojos;
8. O maduro demonstra um senso elevado de lealdade- Lealdade não significa bajulação e sempre concordar com as propostas apresentadas. Qualquer pessoa numa hora qualquer vai errar o alvo. Quem assina embaixo sem analisar o conteúdo do documento pode estar colaborando para a derrota do projeto. A bíblia manda ser criterioso;
9. O maduro é preciso e imparcial ao relatar os fatos sobre uma situação- Não inventa para prejudicar. Detém-se ao que ocorreu. No Reino de Deus não cabe maquiavelismo com o fim de derrubar os inimigos do regime nos bastidores. Deixamos que Deus tome conta disso;
10. Estuda bastante uma situação antes de agir- O maduro não mete os pés pelas mãos. Ele analisa o todo para tomar uma posição mais particular.

Pr. José Gildo

(I) MATURIDADE EMOCIONAL

“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Romanos 14.5)
Ter opinião definida na própria mente, ou ter maturidade emocional, é a chave para um viver cristão leve e uma vida espiritual sadia. As batalhas do dia a dia são muitas e de várias naturezas, mas, quando existe uma sintonia entre o nosso lado racional e emocional, elas são vistas como dois lados da mesma moeda, ou seja, são lutas provisórias usadas para se chegar àquilo que Deus realmente quer: O nosso crescimento. Aliás, o crescimento espiritual é o método que Deus usa para realizar um de seus maiores projetos: “Até que todos cheguemos a unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, ao homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que enganam fraudulosamente” (Efésios 4.13-14).
Hoje falaremos sobre os sintomas de Imaturidade Emocional e na próxima semana continuaremos com os sintomas de Maturidade Emocional.
SINTOMAS DE IMATURIDADE EMOCIONAL
ü Racionalização, ou o hábito de alegar razões, para justificar um comportamento infantil- O imaturo não consegue conceber que existem momentos que ele não terá razão. Ninguém consegue ser adulto todo o tempo;
ü Falta de coerência na conduta. Dependendo da situação, tem dupla personalidade. Vive em desacordo com o que defende. O crente precisa saber que ele não tem duas caras e duas vidas. Não existe uma separação entre vida sacra e vida secular;
ü Ressentimento básico contra liderança- discorda porque acha bonito discordar. Diferença de opinião é salutar e democrático, mas jamais deve-se descambar para o lado pessoal;
ü Egoísmo e inveja, por não Ter conseguido ser o que desejava- dois pecados com repercussões terríveis. É a impotência e frustração diante da incapacidade e da mediocridade;
ü Acessos de ira em face de frustrações. É o destempero verbal e físico de quem não tem argumentos;
ü Dependência doentia de outros. Falta de criatividade por não ter coragem de ousar. A dependência é resultado de um cérebro estagnado pelo imobilismo e pela preguiça;
ü Não termina tarefas porque não se concentra no que faz. A mente divaga, viaja demais. Quem não se concentra nunca deixa a poeira sentar para fazer uma reavaliação e a partir daí recomeçar a batalha com novas armas.
ü Quem é imaturo, quando sabe de alguém em dificuldade já fica maquinando como tirar proveito da situação. É portador da síndrome do urubu. Ele é chegado a um espólio de guerra e gosta de fazer uma “boquinha”;.
ü O imaturo facilmente abre mão das convicções afim de agradar outras pessoas. Muda facilmente de lado. Aceita a oferta de quem pagar melhor. Diante da primeira dificuldade cai fora em busca de ares mais propícios;
ü O imaturo precisar constantemente lembrar “quem é que manda aqui”. Quem precisa recorrer a este subterfúgio é porque não manda nada.
ü O imaturo não divide tarefas com alguém que se acha mais competente do que ele. Quem é capaz se garante e não teme a competição. Quem é competente tem vez, voz, carisma e reciprocidade e não precisa trucidar ninguém para se estabelecer.

Pr. José Gildo

DEUS NOS AMOU PRIMEIRO...

“Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4.19)
Eu já li essa passagem das escrituras muitas vezes. Mas, quando fazemos uma releitura com discernimento espiritual abrem-se muitos horizontes. As escrituras sagradas têm o poder, como nenhum outro livro, de dar um novo sentido, uma nova visão para aquilo que já foi explorado repetidas vezes. E fiquei maravilhado com algumas conclusões que cheguei sobre este texto:
1. Deus me ama apesar de meus fracassos- Todas as conseqüências por meus erros que podiam se transformar em tragédia, Deus absorveu para ele através do sacrifício vicário de Jesus na cruz. Posso caminhar pelas veredas da vida e não preciso me submeter a nenhum algoz colocando um dedo em riste tentando amargurar meu semblante. Está tudo consumado. Tudo pago;
2. Eu não preciso ser reconhecido por ninguém- O pai é quem me chama pelo meu nome. Mesmo que ande pelo vale do ostracismo e do anonimato, o EU SOU me ama com as minhas falhas e limitações. Ele não pune a minha incompetência, pois já a declarei quando estava a sombra da cruz;
3. Ser atarefado não é de espiritualidade- pensamos erroneamente que agradaremos mais a Deus em ser assíduo aos trabalhos da igreja, caçando hereges que pecaram, desbancando Satanás ou criando atmosfera para agradar a platéia. Nós não somos aprovados por aquilo que fazemos, por mais nobre que seja, mas somos aprovados pelo que Jesus fez na cruz. Não há uma única coisa que você possa fazer para que Deus o ame mais, assim como não uma única coisa que você possa fazer para que Ele o ame menos. Deus simplesmente ama. Isso é que revoluciona o ser humano;
4. O Amor está relacionado com a essência e a religião com a aparência- A religião evangélica são os fariseus da vez. Massacram com unhas e dentes “ímpios” tatuados, alcoolizados e prostitutos, mas passam a mão por cima da cabeça dos fofoqueiros, invejosos, tiranos, propagadores de jugo religioso e lobos enganadores que, em nome da fé religiosa usam de falsos pecados para conquistar poder e benefícios, mesmo prejudicando os outros. Essa corja religiosa recorre a culpa para moldar o comportamento das pessoas e as mantém afastadas de Deus. DEUS OS REPREENDA.
5. O amor liberta a alma do homem- Nenhuma prisão é tão massacrante quanto a obrigação religiosa, pois fazemos isto com a intenção de agradar a Deus. Tempo perdido. Deus não quer programação, quer relação com Ele. Deus não quer adulação, quer adoração. Deus não é um policial divino escondido atrás de um tapume com um radar para lhe flagrar fazendo coisa errada. Quem vai querer caminhar ao lado de um pai como esse? Não podemos amar o que tememos. É a culpa que a religião colocou no nosso coração que faz isso. Não podemos fazer nada para merecer a amizade de Deus. Nós já a temos pela mensagem da cruz que diz: Nós podemos ser amados sem fazer nada para merecer isso.

Pr. José Gildo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

IGREJA CRESCE NATURALMENTE

“Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Coríntios 3.6-7).
Este texto das escrituras é uma maravilha! Por isso é que não entendo essa paranóia do movimento evangélico atual com suas tendências faraônicas e com síndrome do enorme.
O crescimento do Reino de Deus está intrinsecamente relacionado com a liberdade de se fazer e o regozijo de se colher. Se sofremos porque não crescemos é porque alguma coisa está errada. Marcos 3.26-29 diz: “O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa”. Esse texto mostra claramente qual é a função do homem –e o que não é: ele pode e deve semear, ele pode e deve ceifar, ele pode e deve "dormir e levantar". O que ele não pode fazer é produzir o fruto. Diz o texto que, de maneira misteriosa, a terra o produz "por si mesma”. Tenho experimentado de maneira vívida esta passagem das escrituras no meu ministério. Deus tem acrescentado pessoas e eu não “sei como” isso tem acontecido. Mas algumas lições posso tirar acerca do crescimento de igreja:
· A expansão do Reino de Deus ocorre independentemente de nossa vontade- Faz parte da soberania de Deus. “Não sabemos como”. Existe um propósito em todo ato criador de Deus. O crescimento do Reino está intimamente ligado aos atributos divinos. Deus é totalmente independente de sua criação. Ele é auto-existente;
· A nossa função é não atrapalhar- É verdade que somos parte integrante do processo. Deus na sua bondade nos incluiu no seu plano transcendente. Mas isto não nos dá o direito de atrapalhar com a nossa religião um projeto que sempre foi soberano. Deus removerá qualquer obstáculo daquilo que Ele já intentou em Cristo Jesus desde os tempos eternos.
· Relaxe! É Deus quem dá o crescimento. O Espírito de Deus convence, converte, transforma e mantém a mente de Cristo no regenerado. O Senhor acrescenta dia a dia os que vão sendo salvos. Como crentes, somos agentes de Deus em levar esta mensagem de boa nova. E isto acontece num ambiente de espontaneidade e não de coação. O evangelho, quando é plantado de forma sobrenatural no coração do homem, é como um fluir de um rio impetuoso que procura de todas as formas tomar o seu curso e preenche todas as brechas por onde passa;
· Precisamos descansar em Deus- Não é uma tarefa fácil. As obrigações eclesiásticas do dia a dia impostas pela religião nos prendem em cadeias sem grades. Confundimos obrigação com devoção. Comparecimento com comunhão. Liturgia com celebração. Programação com devocional. É um sofrimento sem fim. Esquecemos que em qualquer recanto do mundo em que estivermos reunidos com dois ou três aí existe uma igreja. Que cultuar a Deus independe de se estar atrelado a uma liturgia. Que se adora a Deus no coração, com uma alma sedenta e com uma saudade arrebatadora de voltar ao convívio com o criador. Descansar em Deus está relacionado ao processo de amadurecimento do crente. É uma longa jornada, mas é o verdadeiro caminho da adoração.


Pr. José Gildo

EMOÇÕES – CONFISSÕES DA ALMA

O meu amigo Jairo de Paula esteve na igreja do Bom Jardim há duas semanas cantando a música “O escudo”, do grupo voz da Verdade. Naquele domingo a noite, a sua brilhante performance mexeu com as emoções da nossa comunidade e mostrou que é possível mostrar sentimentos sem ser sentimental. Que nós podemos aflorar nossas emoções sem precisar apelar para o emocionalismo. A nossa emoção é o veículo que nos conduz em busca de atitudes nobres como justiça e misericórdia.
A bíblia está recheada de casos que envolveram muitas emoções. Não tem como não se emocionar com a visão do profeta Ezequiel do vale dos ossos secos; ou da libertação miraculosa dos três amigos de Daniel da fornalha ardente; ou de um estupefato Pedro, pedindo que Jesus de Nazaré se afastasse dele por causa da grandiosidade do mestre. Em todos esses eventos houve genuína emoção gerada pelo Espírito Santo e não um emocionalismo passageiro.
Existe uma distância abissal entre emoção e emocionalismo. São elementos heterogêneos que não se misturam e não tem nada de complementaridade. Para ter uma vida cristã sadia é preciso colocar emoção e emocionalismo no seu devido lugar.
· As Emoções estão sempre relacionadas aos sentimentos nobres, como Amor, esperança, alegria, gratidão, prazer; O emocionalismo está relacionado a um ambiente ameaçador (faça e não faça, beba e não beba), onde a “santidade” da instituição é mais importante que as pessoas;
· As Emoções surgem de influências espirituais do poder da Palavra de Deus e o seu propósito é a beleza das coisas espirituais e não nossos interesses pessoais; O emocionalismo é um desvirtuamento das emoções, pois cega as suas ações e nos induzem ao erro;
· As Emoções são coerentes, duradouras, tem simetria e equilíbrio; O emocionalismo é um sentimento temporal que tem seu lastro no que é passageiro, provisório;
· As Emoções verdadeiras sempre coexistem com a humilhação espiritual; O emocionalismo na realidade mascara uma soberba interna que depois se apresenta de forma avassaladora;
Emoção é o ato, a atitude enérgica que nos leva a uma tomada de decisão. As emoções nos influenciam e sem elas não há mudanças de atitudes e comportamentos. Nenhuma verdade jamais mudou a atitude ou a conduta de alguém a não ser que tenha despertado as suas emoções.
O amor é a principal de todas as emoções. O amor não é sentimento, mas o principal ato de vontade da alma, a principal emoção. É fonte de todas as demais emoções;
Emoção é o ato de deslocar, comoção. Sentimento é o ato de sentir, sensibilidade, percepção intensa, paixão.
Amor, estado afetivo duradouro, provocado por uma disposição da alma, dirigindo a conduta, em relação a determinado objeto. Ato de vontade da alma.

Também me emocionei naquele domingo porque senti que aquela era uma interpretação puxada da alma. O crente percebe isso. E quem vai ministrar a Palavra, agradece, pois cria-se uma atmosfera de adoração no ar. E aí, como diria Roberto Carlos, pra quem está ali é só aproveitar e viver este momento lindo.

Pr. José Gildo

ATEÍSMO – A RELIGIÃO DO NADA

Esta semana estive, como sempre faço, passeando pelos canais de TV atrás de alguma coisa de futuro. Procurando algo que me aguce a curiosidade e treine meu discernimento. Deparei-me com o canal GNT, que estava transmitindo um programa chamado A FÉ É CEGA? (na verdade "DEUS, UM DELÍRIO”) – no qual o famoso ateu Richard Dawkins ataca com veemência e fortes argumentos a "fé", a religião, e a crença em um Ser Criador de todas as coisas. O ateísmo sempre causa forte impacto em ambos os públicos (religioso e não religioso). Os ateístas de plantão têm sedimentado sua negação da divindade com base na bagunça religiosa, instaurada ao longo dos anos pelos "evangélicos", católicos romanos, espíritas, macumbeiros, muçulmanos..., que tem passado uma idéia bem distorcida do Deus das Escrituras. Chego a conclusão que este “Deus” que muitas vezes cultuamos, que tentamos colocar numa redoma exclusivista foi se tornando um deus sem poder e cada vez mais restrito ao nosso imaginário. Também creio, de todo coração, que Deus está se lixando para estas polêmicas. Convocando os seus atributos de Deus único, declaro que nada se assemelha a Ele. Não existe para Deus um inimigo a ser enfrentado ou um referencial a ser comparado. Tudo, absolutamente tudo e até o que é mais nobre, não serve de parâmetro para o Senhor dos Exércitos. Sempre fomos, pela teologia, incitados a discutir sobre Deus. Exercício inútil, pois todo conhecimento sobre sua pessoa Ele só revelou em Jesus de Nazaré, que é a imagem do Deus invisível, a expressão exata do ser de Deus. E isto basta.
Ainda a esse respeito, li também um artigo que Caio Fábio escreveu sobre esta polêmica de deísmo e ateísmo e gostaria de reproduzir alguns tópicos que achei interessantes:
· Eu nunca levei nenhum ateu a sério, assim como não levo a religião a sério... Para mim o ateu é sempre um religioso do Nada...
· Qual a diferença entre o que o Dawkins declara e o que qualquer outro ateu também defende..., além do fato de que a fama não “unge” a todos? Todavia, o fato de ele ser famoso... pra mim não muda nada! Afinal, o que ele tem além de argumentos?... Ora, argumento é fácil... Difícil é viver... Difícil é provar... Difícil é crer... Difícil é amar... Difícil é ser...
· Impossível é explicar a um ateu o que Deus é... Impossível é convencer alguém de qualquer coisa... Impossível é entender Deus e explicar Deus...Sim, pois Deus não cabe em argumentação nem contra e nem a favor...Deus não precisa de defesa... Deus se defende...
· O Deus que se discute não é Deus! O Deus que precisa de defesa não é Deus! O Deus que precisa que os homens saiam em Sua defesa é um ídolo.
· Muitos dizem: “DEUS NÃO EXISTE!” Quem tem boca diz o que quer... Deus, todavia, se ri de todas essas criancices filosóficas... Sim, Deus se ri até de quem discute a crença em Deus... Na realidade, se eu conheço Deus, o que Dele me vem é que Deus não está nem aí para Deus como tema... Sim, o Deus tema não interessa a Deus... Deus estava em outro canal quando o documentário passou na GNT... Acho que Deus estava vendo “Mundo Selvagem”... .

Pr. José Gildo

“HÁ UMA UNÇÃO, JÁ POSSO SENTIR...” – SERÁ?

A palavra unção está na moda. Tem se ouvido muito falar em unção; Há unção na música; Há gente que convida para receber unção; Há palavra ungida; Há shows cheios de unção; há unção nos instrumentos musicais. Fala-se muito em unção, mas infelizmente a maioria nem sabe o que é isso. A palavra unção vem do grego Chisma. Este substantivo aparece somente por três vezes no Novo Testamento, sempre no Livro de 1 João. Infelizmente a palavra unção sendo usada de qualquer jeito, de forma inadequada, para preencher discursos vazios; para extravasar emocionalismos quando faltam palavras de equilíbrio. A palavra unção vem sendo constantemente deturpada e desgastada.
Algumas considerações sobre a Unção- Unção não é uma manifestação sentimental; Unção não é uma demonstração humana de poder; Unção não é uma encenação espiritual; A unção aponta para a obra e os dons do Espírito Santo; Não há sentido para hoje a prática da unção de Enfermos ou qualquer outro tipo de unção; A unção não tem o efeito das virtudes espirituais apostólicas; A unção não é privativa do pastor da igreja; A unção não tem qualquer efeito de sacramento; A unção não perdoa pecados; A unção não é sinal de cura; A unção não tem poderes mágico-religiosos;
Unção no Antigo Testamento: (Ex 40.9;40.15;
a) Quem podia ser ungido? A unção simbolizava um ato divino de autorização, capacitação e separação para uso específico.(Lv 8:12). Reis eram ungidos através dos sacerdotes. A unção fazia do rei um servo de Deus; Sacerdotes eram ungidos para um ofício vitalício; Os Profetas eram consagrados como representantes de Deus para levar mensagem espiritual;
b) Quem não podia ser ungido? Pessoas que não tinham recebido o ofício sagrado do sacerdócio ou qualquer estrangeiro que se agregasse ao povo Judeu;
c) O óleo da unção no Velho Testamento era um símbolo transitório, assim como foram todas as coisas do Antigo testamento (sombras do que haveria de vir) (Hb 8);
d) Nem toda unção com óleo tinha validade, o que atesta seu caráter provisório (Am 6.6);
e) O último sacerdote a ser ungido na Antiga Aliança foi Jesus de Nazaré, que inaugurou uma nova era (Is 61.1-6);
Unção no Novo Testamento- Unção é o derramamento do Espírito Santo sobre os que crêem. Unção, é o método que Deus usa através do Espírito Santo para operar a sua vontade na terra; Receber unção ou ser ungido significa ser credenciado pelo Espírito para comprimento de uma missão:
a) Quem hoje pode ser ungido? Todos os que, pela fé, receberam a Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas; (2 Co 1.21)
b) A unção hoje é permanente- Todas as ocorrências da palavra unção no Novo Testamento se refere a presença permanente do Espírito Santo na vida dos crentes;
c) Quando fomos ungidos? No dia que nascemos de novo, que fomos regenerados pelo poder do Espírito Santo que hoje atua em nossas vidas;
d) O que envolve a unção? Toda a graça, habilidade e poder do Espírito Santo. A Unção é a revelação da presença de Deus no meio do seu povo;
e) A unção, os dons e frutos espirituais- Unção é o poder que Deus dá ao seu povo, através dos dons e frutos espirituais (Hb 1.9), para realizar coisas além de suas capacidades e aptidões naturais;
f) Jesus foi o primeiro a receber unção definitiva de Deus (Atos 10.38), como símbolo, para inaugurar uma nova era (a nova aliança), em que não precisamos mais estar recebendo óleo para consagração para determinada função; Em Hebreus 1.9 mostra-nos, entretanto, que a unção que Jesus recebeu era de um nível todo especial;
g) Hoje somos ungidos com o Espírito Santo e não necessitamos de nenhum outro tipo de unção espiritual, em nenhum outro momento de nossas vidas;
h) Não precisamos mais, como os sacerdotes da Antiga Aliança, sermos ungidos toda vez que quisermos ter acesso ao trono da graça de Deus (Hb 6.20; 7.21-27);


Pr. José Gildo

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CONVOCAÇÃO – O SEU NOME ESTÁ NA LISTA

Chamei sua atenção, não? Não é uma convocação pra seleção Brasileira e nem é a lista de aprovação de um concurso! Mas é pra algo inexoravelmente maior. Deus lhe salvou, lhe deu uma vocação e lhe convocou para trabalhar no seu Reino. Quer algo mais grandioso, mais prestigioso e mais aprazível do que isso? O problema crônico das igrejas é a falta de comprometimento dos crentes com o chamado que Deus faz diariamente para trabalhar em suas fileiras. Trocamos o privilégio de trabalhar para Deus por pratos de lentilhas que a competição do dia a dia oferece.
É catastrófico perceber que lutamos com todas as nossas forças para passar em um vestibular, num concurso, na busca pelo par perfeito... E deixamos para atender a convocação de Deus para quando der tempo.
A palavra Vocação se relaciona sempre a “chamamento”, escolha e disposição para algo ou para alguma missão. Vocação cristã se refere a uma convocação divina para realizar alguma tarefa por parte dos crentes.
A vocação envolve ainda um comissionamento dado por Deus para uma vida santa e para sermos luzeiros de um mundo mergulhado em trevas. Não existe vocação cristã sem santidade. Não temos autorização para viver uma vida de pecado.
A vocação cristã também exige que deixemos nossa marca e façamos a diferença. Fomos salvos para modificar e não para retocar. Para transtornar e não para adaptar. Afrontar e não compactuar. Para delatar e não transigir com a injustiça e a inverdade.
A vocação cristã é para todos os crentes e não somente para a liderança pastoral. O crente não pode ficar se escondendo atrás do seu líder espiritual. Somente contribuir financeiramente para que o clero profissional faça todo o trabalho não é o suficiente e nem o correto. Cada um precisa fazer a sua parte. O aceite da convocação para a tarefa se deu no dia em que o crente respondeu positivamente ao chamado para a salvação. Não há mais como desertar. A nossa vocação, precisa ter consistência, convicção e permanência
A vocação tem caráter eterno e irrevogável (Rm 11.29). O nosso chamamento para a tarefa que Deus nos designou é definitiva e tem que dar frutos;
A nossa vocação não depende de elementos exteriores (1 Co 1.26), ritualísticos ou posicionais; é um ato de soberania de Deus. Ele nos chama, primeiro para a glória dele, e depois de acordo com nossos dons espirituais e talentos naturais;
A vocação leva a unidade(Efésios 4.4)- Deus nos chama a unidade. Os crentes precisam falar a mesma língua em assuntos de natureza espiritual. O nosso foco é o mesmo. A nossa esperança é depositado num só ato de amor;
A vocação tem um prêmio (Fp 3.12-15)- Para prosseguir de forma convicta para o alvo, é preciso que saibamos que o nosso prêmio final é uma comunhão intima com o salvador. O prêmio da soberana vocação também se refere a entrega ao Senhor Jesus dos galardões que ganhamos devido a uma vida de serviço e devoção cristã;
A convocação exige uma resposta (2 Ts 1.11)- - O cumprimento da missão não se refere somente ao convocação, ao chamamento. Precisamos ser merecedores deste grande privilégio. Ser digno significa que respondemos: “eis-me aqui, envia-me a mim”; à convocação: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Isaías 6.8);
Viver a vida cristã exige atitude. Existe uma hora na vida que precisamos deixar de ser coadjuvantes. Precisamos marcar território nessa nossa caminhada espiritual. Fomos convocados por Deus para uma empreitada eterna. Fomos salvos por um ato de amor e fomos intimados a espalhar esta boa nova. Conte sua história e modifique o mundo a partir dela.

Pr. José Gildo

Quando muda as opiniões dos homens, mudam-se também seus sentimentos

Ao longo da história da humanidade, fé e ciência sempre foram marcadas pelos antagonismos. Mas com a evolução tecnológica, conceitual e de informações, houve uma aproximação, a tal ponto que, hoje é possível que uma explique a outra. Durante a minha vida de estudante aprendi que a terceira Lei de Newton tem o seguinte enunciado: A cada ação corresponde uma reação, contrária e de mesma intensidade em sentido contrário. Durante a minha caminhada espiritual absorvi que este postulado da física tem aplicação espiritual, no sentido de que um dia a lei de Newton das paixões sufocadas vai vingar todo este descalabro que, perplexos hoje testemunhamos levado a cabo em nome da religião. A cada ação repressora da religião contra nossa liberdade, conquistada com muito sangue, suor e lágrimas no calvário, acontecerá no futuro uma ação igualmente contrária contra os feitores dessa senzala demoníaca. Quando? Quando a verdade libertar o povo de Deus de todas as superstições e conceitos distorcidos que se escutam na maioria das igrejas evangélicas mundo afora.
Devemos lembrar que quando se muda as opiniões dos homens mudam-se também seus sentimentos. A superstição se transformará em revolta (no bom sentido). A mente humana que foi subjugada no processo de formação da crença implodirá quando se der conta do engano a que foi submetida por tantos anos.
Os sistemas religiosos se sustentam na insegurança das pessoas que ainda não aprenderam a viver no amor de Deus. Desde muito cedo nós somos ludibriados e treinados para precisar da aprovação dos outros, para nos sentir aprovados por Deus. E parte desse programa de treinamento inclui marginalizar aqueles que não se enquadram. Nessa armadilha espiritual, expressões de amor como “entranhados afetos de misericórdia” foram substituídos por jargões motivacionais como: “você pode fazer mais” e “temos que vestir a camisa”. Na igreja-instituição quem não tem cargo (ou seria carga?), quem não vem, não contribui, tem opinião contrária... Cai em desgraça, é confinado ao limbo espiritual e fica na geladeira eclesiástica. Só é abençoado quem se omite, é subserviente e assina embaixo sem ler. A ditadura imposta pela igreja-instituição prega que se perguntamos é porque somos rebeldes e metidos. Tudo é engendrado sem a maioria saber o que está acontecendo. Decisões são tomadas nos bastidores. Isso é um perigo, pois pode levar a decisões erradas que afetaria a todos.
A igreja virou instituição e a institucionalização gera amizades baseadas em tarefas. Enquanto partilhamos as mesmas tarefas, podemos ser amigos. Quando não, é porque “estavam no nosso meio, mas não eram dos nossos” e “espalha porque não ajunta”. Isso é sufocante e causa anorexia espiritual.
Mas um dia o nosso povo vai se livrar dessa camisa de força espiritual. Quando os crentes começarem a ler a palavra de Deus com discernimento e se libertarem da tirania espiritual em que se encontram, então não vai ficar pedra sobre pedra dessa instituição maldita que aprisiona a alma do homem. Quando experimentarem a liberdade que já tem em Cristo, nunca mais vão querer se submeter a viver novamente aprisionados. Um dia entenderemos que se, sempre precisarmos que os outros aprovem o que estamos fazendo, nos tornamos propriedades dessas pessoas. Deus não requer isso de ninguém. Jesus não estava nem aí para o que os outros pensavam dele. Ele jamais saiu em sua própria defesa e nunca permitiu que isso o desviasse do que sabia que o pai lhe pedira para fazer.

Pr. José Gildo

ADMIRAVEL MUNDO NOVO

Falar sobre justiça é complicado porque existem muitos elementos subjetivos a considerar. A complicação se deve ao fato de que a justiça, para ser posta em prática, exige um aparato que a faça prevalecer. O sistema judicial, na nossa concepção interna, deveria ser o último reduto a quem deveríamos recorrer quando todas as outras tentativas falhassem. Infelizmente não tem sido assim, por motivos vários como corrupção, morosidade, leis caducas e outros motivos que não tenho tempo e nem paciência para discorrer. Esta semana recebi um e- mail sobre um artigo publicado no jornal a Gazeta do Povo, de Curitiba. Este artigo fala sobre uma sentença, um tanto inusitada, proferida por um magistrado chamado João Batista Herkenhoff, Juiz Federal do Espírito Santo, que expediu um alvará de soltura para uma detenta que estava prestas a dar a luz e que tinha sido presa por porte de maconha. Veja o teor da sentença:
“Pergunto-me se as sentenças podem ter alma e paixão. O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso. Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças. Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana? Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa há oito meses, prestes a dar à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
A acusada é multiplicadamente marginalizada:
“Mulher diante da qual Deus agraciou com o privilégio da maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.”
É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este mundo, com forças para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade... Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições públicas, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...
Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas...
Quando se deve afirmar ao mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da terra e não reduzir as oportunidades...
Quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si.
Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão.
Saia livre, saia abençoada por Deus... Saia com seu filho, traga seu filho à luz...
Porque a cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão...
Ao ouvir o despacho desse magistrado, a esperança de um mundo novo e justo se desdobra a nossa frente. Esperança de um dia as leis humanas se tornarem educativas e não punitivas. Esperança de ver as sanções proporcionais às faltas cometidas. Esperança de, num julgamento, ser levado em conta o passado de cada ser, sua infância, as possibilidades que teve de educação, de saúde, de carinho, de afeto. Enfim esperança de que a humanidade atente para o amor divino e nesse amor se baseie suas ações.

Pr. José Gildo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

APASCENTANDO OVELHAS OU DIVERTINDO BODES? (Mateus 25.31-46)

“Igreja promove torneio de vale tudo”. Este foi o título de uma reportagem do dia 12/03/2009 no jornal folha de são Paulo que dizia o seguinte: “a igreja evangélica brasileira Renascer em Cristo montou num dos templos da área metropolitana de S. Paulo um ringue para combates de luta livre. O objetivo, segundo a reportagem, é tentar conquistar fiéis jovens para este culto”.
É o fim da picada. Parece que a igreja contemporânea negligenciou a sua missão e perdeu o direito de se fazer ouvir, de testemunhar e de ensinar baseado no fundamento dos apóstolos. Em muitas igrejas o tempo destinado a exposição da palavra é cada vez menor e o tempo reservado aos cânticos e performances corporais é cada vez maior. Muitas delas, sob o pretexto de ganhar multidões, abandonaram a pregação ousada e denunciativa e foram amenizando gradualmente o seu discurso, passando a aceitar e justificar as frivolidades que estão em voga no mundo, começando a tolerá-las em suas fronteiras.
Uma platéia de bodes- Estamos vivendo dias de perplexidade. O mundo é uma festa. Está cada vez mais difícil levar qualquer coisa a sério. E esta nova realidade tem fermentado nossas igrejas e tem assumido proporções anormais, deixando levedada (contaminada) toda a massa. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. Atrair gente para o culto é fácil, basta que seja ligth (leve, ligeiro, alegre, agradável, despretensioso);
Nesta festança gospel o louvor muitas vezes não implica em elevação da qualidade dos adoradores e do culto. É tudo na base da balada romântica ou grunhidos confusos com o objetivo de entreter e segurar a massa. “Os levitas” contemporâneos têm imitado os modelos midiáticos. São verdadeiros pop stars. São orgulhosos, soberbos, exclusivistas, exigentes e egoístas.
Divertir bodes é fácil- Não exige discernir, pensar, modificar. Basta cair na empolgação, na balada, na animação. O que é sério deixa pra depois, quando for possível, quando não atrapalhar, quando tudo já estiver terminado, quando não houver mais nada pra fazer.
A vida cristã não é uma brincadeira:
ü Somos luz do mundo e sal da terra (Mt 5.13)- Igreja tem que fazer a diferença senão viveremos atolados no caos. Igreja é lugar de adoração e reflexão e não palco pra se “sentir bem”. Não está escrito em parte nenhuma das Escrituras que prover entretenimento para as pessoas é função da Igreja;
ü “Filhos do diabo”! “Fariseus hipócritas”! São expressões de grande seriedade mencionadas pelo Senhor Jesus. A vida cristã não é uma brincadeira. Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los.
APASCENTANDO OVELHAS- A igreja gloriosa, triunfante, invisível, aquela que nem as postas do Hades prevalecerão contra ela existe não para oferecer entretenimento, melhorar auto estima ou facilitar amizades, mas existe para estreitar laços, oferecer ajuda do alto e adorar somente a Deus.
Apascentar é... Verificar, conduzir, orientar, se importar com, cuidar do outro em seus diversos aspectos: físicos, emocionais, existenciais, espirituais. Apascentar é.... Ensinar que dentro de cada homem existe um vazio que tem a forma de Deus. Apascentar significa.... Cultuar em unidade, um só propósito, sem desvios, sem visão periférica. Apascentar é conduzir... Como Jesus amorosamente fazia... Sem palavra de ordem, sem chicote e sem ameaça, mas com palavras de alguém que está levando as ovelhas as águas de refrigério.

Pr. José Gildo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

EVENTO É VENTO

Adorar a Deus passa obrigatoriamente pela contemplação e reflexão. Na busca incessante pela maturidade tenho me afadigado incessantemente nesse exercício. Eu tenho dito algumas vezes que, a cada dia que passa, eu tenho ficado cada vez mais seletivo com relação ao que leio e ouço. Às vezes tenho que me policiar para não cair na rabugice. Ter que engolir sapos e suportar meninices retardadas para manter um clima teologicamente correto é duro.
Estava lendo esta semana um artigo de Lourenço Stelio Rega, de quem tomei emprestado o título acima. É impressionante como a igreja evangélica brasileira caiu na mesmice. A Igreja que deveria ser uma comunidade terapêutica, provedora de acolhimento, comunhão, compaixão e testemunho, passou a ser uma agência caça-níqueis onde o modus operandi é sempre o mesmo: ameaçar com pragas celestiais os membros que não comungam de seus eventos, que passam a ser vento que vem e depois some. O evento, ou programação, ou louvorzão, ou show – não importa o nome - traz a ilusão de uma solução imediata, mas como é volátil, logo vai embora deixando desconcertada a comunidade que fica se perguntando o que ficou e por que não deu certo. É o que acontece também com os muitos “ministérios de classes” ou departamento das igrejas. Ocorre o ímpeto inicial por um evento impactante, pela chegada de um novo pastor ou líder, por exemplo, mas que depois volta tudo ao normal insosso, porque o desânimo está na alma do povo e não na qualidade do evento ou “programação”.
Para animar a alma de um povo precisamos ensiná-los a andar na plenitude do fruto do Espírito Santo. Não existe outro caminho. Desempenho exterior como animação, palmas ritmadas, coreografias e danças, por exemplo, só chegam a Deus se tiver uma genuína participação interior dos seus protagonistas. Se não, tudo isto se torna uma caricatura que para travestir o desânimo, a frieza e a tristeza que também vêm de dentro e, nada que se faça exteriormente vai fazer a adoração desabrochar. O culto vivo deixou de ser vivo há muito tempo, porque cada crente tem que administrar uma tristeza interior que, irrompendo em uma carranca exterior, não o deixa livre para adorar. O culto deixou de ser uma celebração de espontaneidade e passou a ser performático. Deixou de ser uma festa de amor e passou a ser um ambiente de terror, onde cada um tem que administrar as cobranças que lhe são impostas pela liderança, que ordena que cada ovelha tenha sua utilidade no trabalho eclesiástico.
Estou cansado, não da minha vocação e função. Mas dessa lengalenga que se tornou a comunidade eclesiástica. Chega das ameaças veladas. Chega das promessas de curas estelionatárias. Chega de tantas regras e regulamentos que já foram removidos no calvário. Eu gostaria de me permitir errar de vez em quando e aprender com os meus erros. Eu sou pastor, mas tenho também cheiro de ovelha que, de vez em quando precisa ser apascentada pelo supremo pastor. Eu quero é curtir a liberdade conquistada na cruz. EU QUERO É DEUS.

Pr. José Gildo